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Casa da Madeira de Toronto comemora 60 anos de actividade"Temos de reflectir, talvez mudar e escolher novos caminhos", diz máximo representante num momento crucial para o futuro do clubePor Rómulo Ávila Sol Português
Foi no passado sábado (27) que o Canadian Madeira Club ou, como é mais conhecido, Casa da Madeira de Toronto (CMT) festejou 60 anos de actividade na promulgação e divulgação da história, cultura e tradições do arquipélago que representa neste país de acolhimento. Quando as portas abriram, pouco depois das 19h00, coube a Luís Bettencourt dar as boas-vindas a todos, neste que foi o último evento da sua presidência. "Quero hoje agradecer a todos, a todos os que comigo trabalharam, aos voluntários, à comunicação social, aos nossos sócios e aos colaboradores, pois sem eles nada seria possível", começou por dizer, lembrando o período difícil que o clube atravessou devido à pandemia de covid-19. | ||||||||||
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"Fizemos o que pudemos, o que soubemos, em tempos complicados para todos", admitiu o presidente cessante nas parcas mas sentidas palavras dirigidas aos cerca de 120 convivas que ali se reuniram para comemorar seis décadas de actividade do clube. Antes de ser servido o esmerado jantar, o presidente da Assembleia-Geral da CMT e conselheiro das Comunidades Madeirenses no Canadá, José Rodrigues, subiu ao palco para, também ele num discurso emotivo, fazer uma profunda reflexão sobre o passado, o presente e o futuro desta casa madeirense. Como destacou, a CMT possui, "em termos da comunidade portuguesa, um dos maiores patrimónios físicos: a sua sede social/salão de eventos e o grande e único Madeira Park", referindo o enorme espaço verde onde no Verão realizam muitas das suas actividades sociais. "Foi precisamente há 60 anos, com almas cheias de esperança, na aventura de um sonho com espírito de missão, com enorme união e de muitos esforços que um punhado de madeirenses cheios de ambição, cansados de trabalhar e viver isolados, ergueram o seu espaço de lazer e de recreação, transformado num paraíso como o seu jardim social – o Madeira Park – e fundaram a Casa da Madeira por terras do Canadá, para conviverem e divulgarem a sua terra natal", descreveu José Rodrigues. "Há 60 havia muita união e juntos conseguiram honrar a Madeira, as suas tradições, os seus usos e costumes, a nossa grandiosa e única gastronomia e o nosso fantástico e colorido folclore regional. Hoje somos e queremos continuar a ser um espaço de referência e de convívio, onde toda a comunidade portuguesa e local possa usar e desfrutar deste magnífico espaço inter-geracional, com a realização dos nossos eventos", prosseguiu. | ||||||||||
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Num discurso dirigido e focado no futuro, mas sem descurar um agradecimento a todos os que ao longo dos anos deram o seu melhor para o clube, o presidente da Assembleia-Geral informou que está a ser criada uma comissão de gestão, composta por jovens, a fim de levar o mandato até ao fim, o que deverá acontecer a meio do próximo ano. "Entendemos, cada vez mais, que o Canadian Madeira Club – que gostamos mais de chamar Casa da Madeira em Toronto, é o verdadeiro mandatário e representante dos madeirenses nesta parte do mundo. Para uns o mandato termina, mas existe uma aposta para que possamos ainda sonhar com um futuro risonho, com muitos sucessos e para dignificar cada vez mais a nossa presença", frisou o também conselheiro Regional. A propósito do momento que a a colectividade e a própria comunidade atravessa, José Rodrigues lembrou que "foram madeirenses, muito unidos, que há 60 anos comemoraram os 10 anos da chegada dos primeiros portugueses ao Canadá, juntando nesse evento mais de 5.000 pessoas". "Hoje não conseguimos encher este salão para festejar o nosso aniversário. Temos de reflectir, talvez mudar e escolher caminhos", destacou. A nossa Casa da Madeira em Toronto vai continuar a ser o baluarte dos madeirenses nesta parte do mundo, se os mesmos envergarem e aderirem pelos mesmos ideais e objectivos com total entrega e abnegação, o que só nos orgulhará e honrará", terminou o dirigente madeirense, arrancando uma forte salva de palmas da assistência. Depois do jantar, das reflexões e do cantar dos "parabéns", em português e em inglês, e do apagar das velas, o bolo de aniversário – decorado em tons de azul e amarelo, alusivos às cores da bandeira da Região Autónoma da Madeira – foi distribuído por todos. O convívio terminou com a actuação do cantor Ricardo Cidade, que antes de subir ao palco indicou à nossa reportagem sentir-se "muito feliz e honrado" por ser o artista convidado para animar este aniversário da Casa da Madeira de Toronto. | ||||||||||
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