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Tradição com 21 anos:Mulheres juntam-se para conviver e angariar fundos para luta contra o cancro Por Rómulo Ávila Sol Português
Cerca de 950 mulheres participaram no passado sábado (28) na Festa das Amigas de Toronto - Circle of Friends, um encontro anual desde há 21 anos que só foi interrompido no período das restrições impostas pela pandemia de covid-19 e que tem por objectivo conviver e ao mesmo tempo angariar fundos para a Princess Margaret Cancer Foundation (PMCF). A festa voltou a realizar-se no salão da LIUNA Local 183 e em mente continuava o almejado sonho de encontrar uma cura para o cancro, neste caso da mama, causa beneficiada pela receita proveniente deste encontro de mulheres que é inspirado em realizações semelhantes nos Açores. Segundo Angie Machado e Fátima Bento, que integram o comité que organiza o evento, as Amigas lançaram mãos-à-obra para que a Fundação Princess Margaret possa contar "com mais meios financeiros para desenvolver as suas pesquisas nesta área". | |||||||||||
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É sabido que todos os anos as estatísticas mostram números assustadores de mortalidade causada pelo cancro e por isso mesmo as Amigas juntam-se e promovem um verdadeiro convívio de solidariedade, explicam as anfitriãs. Num salão decorado a rigor e onde o tom rosa – cor associada à luta contra o cancro da mama – era predominante, a apresentação inicial e as boas-vindas estiveram, como sempre tem acontecido, a cargo de Henrik Cipriano e Clara Abreu, seguindo-se a intervenção emocionada da coordenadora da organização. Angela Machado agradeceu "do fundo do coração o empenho de todas as mulheres que, apesar de virem conviver em alegria, têm sempre na sua ideia ajudar esta nobre causa – a luta e o sonho de curar os doentes com o cancro". O contributo destes convívios anuais para a PMCF tem sido significativo, como destacou a responsável deste Círculo de Amigas. "Ao fim destes mais de 20 anos de festas das Amigas, quero hoje aqui anunciar que estamos perto de doar, ao todo, um milhão de dólares, faltando-nos apenas 12.000 dólares", indicou. "É esse o nosso objectivo este ano", frisou, insistindo estarem "a ajudar a encontrar uma cura que um dia poderá ser por todas nós utilizada". Francamente em lágrimas, Angela Machado reforçou a ideia de que "há mesmo quem ande a trabalhar nesta cura, noite e dia", lembrando que é "preciso ajudar e colaborar no que pudermos, pois são investigações muito dispendiosas" e que "podemos não estar a par dos resultados, mas podem confiar que o trabalho é intenso e diário, e o nosso sonho não vai morrer nunca". | |||||||||||
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Seria entretanto chamada ao palco a dra. Srikala Sridhar, que integra a equipa médica do departamento de oncologia do hospital Princess Margaret, e que, entregando uma pequena lembrança à organização, disse querer dessa forma "mostrar a sua gratidão para com este grupo enorme de mulheres luso-canadianas que apoiam esta investigação". Numa curta intervenção, pois como disse "o momento era apenas para agradecer", a médica assumiu que saía "deste encontro com mais força e com mais entusiasmo para trabalhar nas investigações que estão em curso". "São vocês que dão apoio ao nosso trabalho. São vocês a nossa esperança e estamos a trabalhar arduamente para que o cancro da mama tenha solução", afirmou a especialista. Seria igualmente chamada ao palco Florence Bernard, coordenadora de eventos especiais da PMCF, que, visivelmente comovida demais para fazer declarações, acenou e, com a mão, indicou que o gesto das mulheres ali presentes ficava para sempre no seu coração. Seguiu-se o jantar, que foi confeccionado e servido pela empresa luso-canadiana Cabral Catering e que, segundo as responsáveis, fez um preço especial para essa noite por forma a que o valor que viriam a doar à Fundação fosse o maior possível. | |||||||||||
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Entre o jantar e a sobremesa, Toni Domingues e Fátima Bento promoveram a realização de sorteios que, mais uma vez, tiveram como intuito aumentar as receitas e o total angariado. Dirigindo-se ao público, Fátima Bento viria a dizer sentir-se "honrada e muito feliz" por ver a casa "cheia de gente para ajudar uma causa, mesmo depois de uma pandemia que impossibilitou a realização deste evento" nos últimos anos. A demonstração de apoio à causa da PMCF dada nessa noite e a aderência de tantas Amigas ao convite para retomarem esta realização anual revitalizou a organização e levou Fátima Bento a afirmar: "estamos ainda com mais força e energia para ajudar". No final da refeição, o convívio passou para o domínio da música, com a banda Mexe-Mexe e o vocalista Henrik Cipriano a animarem o serão com música de baile, num espectáculo que teve colaboração também em condições especiais no âmbito do som e da luz da Five Star Productions. Todos sabemos, ou pelo menos deveríamos saber, que a luta contra o cancro não é fácil. Sabemos que a doença pode ser traiçoeira e é muito pesada, mas sentir que há alguém do nosso lado, apoiando-nos e fazendo tudo o que for possível para ajudar nesta caminhada, torna-a menos onerosa. Foi com esta mensagem que a noite terminou, prometendo-se e afirmando em voz bem alta: "Para o ano há mais e o sonho merece". | |||||||||||
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