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Arsenal do Minho promoveu 24.º Festival de Concertinas e Cantares ao DesafioPor Rómulo Ávila Sol Português
O salão de festas da sindical LIUNA Local 183 encheu-se de público na noite de sábado (25) para assistir ao 24.º Festival de Concertinas e Cantares ao Desafio promovido pelo Arsenal do Minho de Toronto. | |||||||||
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O evento, apresentado por Francisco Pegado, mostrou que a cultura minhota está bem viva e representada na comunidade luso-canadiana, juntando largas centenas de apreciadores destes espectáculos de cariz popular. A noite festiva abriu ao som dos Bombos do Arsenal, altura em que a juventude do clube deu as mãos aos mais velhos e, juntos, declararam aberto o serão que viria a ser de muitas gargalhadas e demonstrativo das mais tradicionais danças do Minho e da arte do improviso. Um dos momentos altos e mais aplaudidos no decorrer desta festa minhota aconteceu após o jantar quando, para surpresa do público, subiram ao palco os elementos jovens da Escola de Concertinas do Arsenal para apresentarem uma colectânea de temas que ensaiaram em apenas seis semanas de treino. A propósito dessa actuação, a nossa reportagem falou com Liliana Lima e Patrícia Gama, as duas jovens "professoras" da Escola de concertinas que, segundo
nos revelaram, ensaia duas vezes por semanas, às terças e sextas-feiras, e conta com cerca de 10 | |||||||||
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"Esta é a garantia do futuro do Arsenal do "Vamos continuar, para que todos possamos aprender mais e mais todos os dias", referiu Liliana, aproveitando para nos contar o caricato episódio que lhe fez despontar o gosto pela concertina. "Deram-nos uma concertina mas era para o meu irmão, mas como ele é esquerdino não conseguia tocar. Eu inicialmente não gostava nada da concertina, mas aos poucos fui criando interesse em saber tocar este instrumento musical tão português e agora já não sei viver sem ela: a concertina relaxa-me, faz-me ter paz interior e esquecer as coisas más e os problemas", confessou. | |||||||||
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Entretanto e sobre o evento dessa noite, Cristiana Garcia, um dos rostos da Direcção do Arsenal, confessou ao jornal Sol Português que a colectividade quer "continuar a juntar a comunidade, apostando nesta alegria de ser do Minho, mas de todo o Portugal". Segundo aquela dirigente, a realização dessa noite "torna-se muito importante", não só por "ter características da terra de que orgulhosamente somos descendentes, mas também porque mostrámos que a juventude vai continuar a missão do Arsenal", disse com emoção. "Hoje, mais do que nunca, a nossa comunidade e a nossa cultura mostrou que pode ir para a frente com a juventude", afirmou. Convidados a actuar nesta 24.ª edição do Festival de Concertinas e Cantigas ao Desafio estavam quatro artistas das cantorias – três dos quais vindos de Portugal, Jorge Martins, Naty Vieira e Valter São Martinho, e uma de França, Sandrina Gonçalves – e momentos antes do espectáculo a nossa reportagem recolheu os seus depoimentos. Na sala onde se preparavam, em antecipação de serem chamados ao palco, Valter São Martinho foi o primeiro a responder às nossas perguntas, dando-nos uma perspectiva do que estava prestes ali a acontecer. "Podem contar com uma verdadeira noite de desafios. Vamos animar e contamos com a boa-disposição de todos os que vêm cá passar um bom bocado e relembrar as nossas raízes e a nossa tradição", afirmou. | |||||||||
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"Nas cantigas, não há vencedores nem vencidos. Só nos queremos divertir e passar um bom bocado com estas pessoas maravilhosas que nos acarinham sempre no Canadá", referiu ainda. Já Naty, considerada a rainha das cantadeiras, mostrou-se grata pelo carinho e pela forma como foi recebida enquanto nos descrevia o estado da arte da cantar ao desafio e de improviso. "Acho que neste momento estamos a passar uma boa fase", afirmou, uma vez que "a concertina e o repentismo estão na moda junto de toda a comunidade portuguesa", considerando por isso "uma honra" trazer até ela esta tradição que permite ao público "sentir um bocadinho do seu país". Sandrina, que veio de França para se juntar aos três colegas que viajaram de Portugal, confessou-nos que é melhor a cantar do que a responder a entrevistas, mas lá foi dizendo que adora estar no seio das comunidades portuguesas e daqueles que um dia deixaram o seu país "na luta por uma vida melhor". "Tal como sinto em França, também aqui no Por último, Jorge Martins, que se assumiu como "o mais experiente de todos", começou por gracejar com a nossa reportagem dizendo não ter vindo "para brincar" e que a sua presença só pode deixar todos os outros "em sentido". "Na verdade", explicou, mudando para um tom mais sério, "o que queria dizer é que vamos fazer desafios de verdade, vamos brincar a sério, porque viemos para representar a nossa terra e com certeza vamo-nos divertir os quatro, mas sobretudo queremos divertir esta sala que está cheia de gente de coração, de alma e de sentir português". Momentos mais tarde os artistas dirigiam-se ao palco para as suas alegres e divertidas prestações, num espectáculo marcado pelo som de concertinas e complementado por muitas "chulas do Minho" e muitos "viras" que se prolongaram noite dentro. | |||||||||
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