CANADÁ EM FOCO


Eleições em Toronto:

Ana Bailão aposta na habitação para melhorar qualidade de vida na cidade

A candidata à presidência da Câmara Municipal de Toronto Ana Bailão anunciou segunda-feira (1) o seu plano habitacional para a autarquia, caso venha a vencer as eleições intercalares em Junho.

Abordando um sector que diz conhecer "como ninguém", a ex-vereadora e ex-responsável pela pasta da habitação na Câmara Municipal salientou que a sua presidência da autarquia torontina "colocará as pessoas em primeiro lugar" e que a sua prioridade será a "construção de casas", em resposta à escassez de habitação que tem feito disparar os preços e as rendas na maior cidade do país.

Numa nota de imprensa, a candidata insistiu na necessidade de "construir mais habitação, apoiar os sem-abrigo e criar mecanismos de protecção e de apoio para quem tem casa e para quem quer adquirir moradia" como forma de fazer com que "a vida se torne melhor e mais acessível em Toronto".

A candidata luso-canadiana pretende "alargar o projecto-piloto de Dufferin Grove a toda a cidade, ajudando os sem-abrigo e retirando-os das ruas", bem como "estabelecer uma unidade especializada para a prevenção de despejos e congelar temporariamente os pedidos de demolição de prédios de apartamentos alugados, enquanto não existirem moradias alternativas".

Ana Bailão garantiu que, com ela na presidência, "20% das habitações a construir até 2031 serão feitas com a intenção explicita de serem para alugar", uma forma de atrair mais residentes para a cidade.

A candidata, que se sujeita a eleições no dia 26 de Junho, quer reformular os procedimentos da Câmara Municipal, a começar pela publicação de "actualizações semestrais sobre o andamento dos compromissos habitacionais" na cidade.

Para além de defender a necessidade de fazer mudanças nos regulamentos, quer também "criar incentivos e lançar novas medidas" para apoiar a construção de "285.000 residências novas até 2031, das quais 57.000 serão para alugar".

Na sua avaliação, o plano habitacional que defende visa proteger quem tem já a sua moradia, quem aluga casa, mas também que procura casa para comprar ou alugar.

"Vamos apoiar 95.000 residentes vulneráveis", promete, ao mesmo tempo que explica que o custo das novas iniciativas incluídas no seu plano, orçadas em 48,5 milhões de dólares, será coberto pelo "Fundo de Habitação da Cidade, que deverá gerar mais 60 milhões de dólares, só este ano", lê-se no comunicado.

A terminar, a luso-canadiana, que tem forte apoio dos sectores da construção civil, trabalhadores e sindicatos afectos, bem como de vários políticos nas diferentes esferas governamentais, afirma ser "a única candidata que conseguirá obter financiamento dos governos provincial e federal", factor que será essencial "para apoiar as pessoas e construir mais habitação em Toronto".

– RA//VE


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