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Luso Canadian Charitable Society prestes a poder prestar serviço 24/dia
Subsídio do governo do Ontário veio dar importante contributo para concretizar ambição de servir utentes com deficiências a tempo inteiro por períodos até 10 dias
Por Rómulo Ávila
Sol Português
A Luso Canadian Charitable Society (LCCS) anunciou na passada sexta-feira (28) estar prestes a poder alargar os serviços que presta aos utentes com deficiências motoras e cognitivas nos seus centros de dia, permitindo-lhes estadias a tempo inteiro por períodos de curta duração.
Numa conferência de imprensa convocada para dar a conhecer o apoio recebido da Ontario Trillium Foundation (OTF) os responsáveis da LCCS revelaram que aquela agência do Governo do Ontário, responsável por avaliar obras beneficentes e caritativas, tinha concedido a esta organização de caridade luso-canadiana um subsídio de 142.700 dólares, referente ao programa "Respite Care" que tem tido em desenvolvimento nos últimos 12 meses.
O montante vai permitir a contratação de um responsável com formação profissional, permitindo proporcionar aos pais dos utentes a possibilidade de deixarem os filhos nos seus centros por curtos períodos, que podem ir até 10 dias.
Em declarações ao jornal Sol Português, o presidente da LCCS, Jack Prazeres, confessou-se feliz com a concretização de mais este objectivo da instituição.
"A Luso quer ajudar cada vez mais a sua comunidade e neste sentido este novo serviço vai permitir que os pais e os utilizadores dos nossos centros possam aqui deixar os seus filhos durante alguns dias, para viagens de férias, viagens de negócios ou sempre que não possam [cuidar deles], por exemplo, durante um fim-de-semana", disse.
O dirigente da instituição de caridade aproveitou também a ocasião para solicitar "a colaboração de todos" no sentido de continuarem a apoiar a obra da LCCS, pois, como destacou, "é cada vez mais necessário" adicionar camas para servir o número crescente de utentes.
A esse propósito destacou os dois novos centros que pretendem construir, um em Hamilton e outro em Toronto, esclarecendo serem "quase uma obrigação" dado que "a lista de espera do governo ultrapassa os sete anos".
"Em Hamilton, vamos criar mais de 50 camas, divididas em quartos e apartamentos; e em Toronto vamos ter um andar, com a possibilidade de dois, tendo ao todo um espaço com mais de 30 camas ao dispor da comunidade, que cada vez mais precisa", referiu como razão da urgência em darem início a essas obras.
Entretanto Ana Cristina Marques, coordenadora residencial na LCCS, deu ênfase ao "papel social da Luso e da missão de continuar a ajudar e a colaborar com os pais e utentes".
"A nossa missão, o nosso desejo, é podermos ajudar cada vez mais", afirmou a coordenadora, que se mostrou feliz ao reiterar que será já "em breve" que os pais vão poder contar com eles para ali deixarem os filhos 24 horas por dia, durante curtos espaços de tempo.
"Agradecemos sinceramente à OTF por ser um parceiro contínuo e extraordinário da comunidade e por ajudar a Luso a cumprir a sua missão,no apoio às pessoas que vivem com deficiência e às suas famílias", concluiu.
Presente à conferência de imprensa encontrava-se Jermaine Chambers, que integra a equipa que avalia a concessão de subsídios da OTF na região de Halton Peel, onde a LCCS tem a sua sede.
Segundo esclareceu, a OTF é uma agência do governo do Ontário e uma das principais fundações dadoras no país, actualmente a comemorar quatro décadas de actividade.
"Desde 1982 que a OTF trabalha para construir comunidades saudáveis e vibrantes em toda a província", afirmou, destacando que "só no ano passado a Fundação investiu em mais de 1.000 projectos comunitários sem fins lucrativos".
A respeito da verba que foi agora concedida à LCCS, Jermaine Chambers considerou um "orgulho" poderem "apoiar organizações como a Luso" e mostrou-se confiante de que será bem empregue.
"Sabemos que a doação de 142.700 dólares do Fundo para as Comunidades Resilientes garante a contratação de profissionais dedicados a este novo serviço que a Luso Canadian oferecerá, ajudando as famílias e as comunidades", concluiu.
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