Sindicato dos funcionários consulares suspende greve e
marca negociações
O sindicato que representa os trabalhadores nas missões diplomáticas e postos consulares no
estrangeiro anunciou sábado (3) a suspensão da greve marcada para a passada segunda-feira e início de
negociações com o Governo, depois de ter recebido "elementos concretos e decisivos".
De acordo com um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores Consulares, das Missões
Diplomáticas e dos Serviços Centrais do Ministério dos Negócios Estrangeiros (STCDE), "estão reunidas as condições
para uma negociação séria e contínua" a partir de segunda-feira.
O STCDE tinha anunciado uma greve para começar naquela data e prolongar-se durante seis
semanas, justificada pela "inércia do Governo em aprovar novas tabelas salariais aplicáveis a todos os
trabalhadores" e por "não concretizar" acordos que foram feitos nos últimos tempos, em várias matérias.
Após novos elementos sobre as propostas e calendário negocial, o STCDE decidiu "a suspensão
imediata da greve", sublinhando a importância "de ter prevalecido o diálogo, quando estão em causa matérias
tão flagrantes e chocantes".
Em Novembro, o ministro dos Negócios Estran-geiros, João Gomes Cravinho, disse acreditar na
possibilidade de evitar a greve de seis semanas convocada pelo sindicato.
"Há espaço para o diálogo e será possível, o sindicato querendo, evitar essa greve", afirmou
Gomes Cravinho, confiando que seria "possível encetar diálogo e olhar para algumas das suas reivindicações",
nas semanas seguintes.
A greve dos trabalhadores nas missões diplomáticas e postos consulares, decretada pelo STCDE,
iria decorrer entre 5 de Dezembro deste ano e 12 de Janeiro de 2023.
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