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"Não nos deixaremos intimidar", declara Trudeau após retaliação da China por expulsão de diplomata chinês
"Decidimos que era necessário enviar uma mensagem muito clara: não aceitaremos ingerências estrangeiras e, quaisquer que sejam as próximas decisões que [as autoridades chinesas] tomem, não nos deixaremos intimidar", reagiu o Primeiro-Ministro canadiano, Justin Trudeau, depois de Pequim instar Otava a pôr termo ao que classificou de "provocações injustificadas" com a expulsão de um dos seus diplomatas. A 7 de Maio o Canadá anunciou a expulsão do diplomata chinês Zhao Wei, residente em Toronto, acusado por Otava de ter tentado intimidar um deputado canadiano crítico do regime de Pequim. Poucas horas mais tarde, a China retaliou anunciando a expulsão da cônsul canadiana em Xangai, alegando estar a responder a uma decisão "pouco escrupulosa" do Canadá e acrescentando reservar-se o direito de reagir ainda mais. Os incidentes mergulharam os dois países numa nova crise diplomática, cuja responsabilidade imputam um ao outro. "Expulsar um diplomata, declarar um diplomata estrangeiro `persona non grata', é uma medida importante e grave", disse Justin Trudeau, face ao mais recente acontecimento. "Temos consciência de que implica represálias, mas continuaremos a fazer tudo o que for necessário para proteger os nossos cidadãos de ingerências estrangeiras ou ameaças, acrescentou, classificando esta decisão como sendo demonstrativa "da firmeza" do Canadá. As relações entre Pequim e Otava estão particularmente tensas desde a detenção pelas autoridades canadianas, em 2018, duma responsável do grupo de telecomunicações chinês Huawei e a subsequente detenção pela China, em retaliação, de dois cidadãos canadianos. Há semanas que o governo de Justin Trudeau se encontra sob crescente pressão para tomar medidas contra a China face a acusações de numerosos casos de ingerência nos assuntos internos do Canadá, incluindo tentativas de influenciar os resultados de eleições canadianas em 2019 e 2021.
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