COMUNIDADES EM FOCO


EUA:

Suspeito da divulgação de documentos militares norte-americanos é neto de açorianos

Jack Teixeira, de 21 anos, membro da Guarda Aérea Nacional de Massachusetts, foi detido na passada quinta-feira (13) após emergir como um dos principais suspeitos na divulgação de documentos militares norte-americanos altamente confidenciais.

O presidente da Casa dos Açores de Fall River, Francisco Viveiros, confirmou à comunicação social que o jovem é luso-descendente, neto de açorianos.

Num mundo em que as redes sociais produzem uma série de informações rastreáveis, as autoridades federais e os jornalistas especialistas em verificação de dados não demoraram muito a chegar ao nome de Jack Teixeira.

As acusações que sobre ele recaem estão relacionadas com a alegada divulgação de documentos classificados que abalaram várias capitais, desde Washington a Kiev, a revelação de espionagem por parte dos Estados Unidos em relação a aliados e inimigos, e a divulgação de inteligência militar sensível sobre a guerra na Ucrânia.

O incidente apanhou de surpresa a comunidade portuguesa nos Estados Unidos da América, mas o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas afirmou desde logo que "os serviços consulares de Portugal não têm qualquer registo de Jack Teixeira, suspeito de divulgar documentos confidenciais".

Portugueses que vivem na região de Nova Inglaterra, EUA, por sua vez, relataram à comunicação social, que foram apanhados de surpresa pelo caso, mas negaram qualquer preocupação.

Um fotógrafo português que vive nas proximidades de North Dighton – onde Jack Teixeira residia – preferiu falar à imprensa na condição de anonimato, indicando ter considerado de imediato que o apelido "Teixeira" conotava origens portuguesas e que isso gerou alguma surpresa, mas advogou que a comunidade não ficou preocupada com esse factor.

"Certamente que será um jovem luso-descendente da segunda ou terceira geração e já não terá muitos vínculos com Portugal", disse.

Entretanto, o Pentágono anunciou segunda-feira (17) a realização em 45 dias de uma investigação "exaustiva" aos seus sistemas de segurança, após ter sofrido uma das maiores fugas de documentos confidenciais no caso que envolveu o jovem Teixeira.

– RA//VE


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