CANTINHO DA POESIA


Cravos de Abril

Por Eduardo Duque
Sol Português

Gritai bem alto
Ecos de liberdade...
Fazei Pátria acato...
Voz do povo, morena cidade!

O povo é quem mais ordena
Unidos jamais seremos vencidos;
Fazei dela, palco, cena
Lugar distinto, precavidos.

Lutai e vencerás
Averbai searas...
Colherás suor, pão, alimentarás:
Gerações vindouras, semearas!

Não vos inspireis em qualquer flor
Se pasmados mediteis!
Colhei cravos na sua cor...
Dai ao povo e vencereis!

Aventurai-vos, não tenhais medo
Ouvi a voz dos poetas...
Terás visões do futuro, segredo...
Prevalecereis voz despertas.

Afastai hipocrisias e degelos
Fazei sociedade austera...
Na conquista, sem atropelos...
Fazei dela, quem quisera!

Amai-a sobretudo...
Semeai-a constantemente
Na justiça, liberdade conteúdo...
Pátria amada, comitente!

Fazei-a fascinante
De ideologias sem rancores...
Do sol, luz avante...
Da pedra e barro, construtores!

Assim, sereis livres, heróis
Da fé não ignoreis...
Sereis povo, outro sóis...
Da alma, o céu vencereis!


Voltar a Poesia


Voltar a Sol Português