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Política dos G7 contra Rússia e China agrava situação dos europeusPor Inácio Natividade Sol Português
Os países do G7 reunidos em Hiroshima demonstraram os equívocos do ocidente no que concerne à questão Ucraniana. Hiroshima deveria simbolizar a paz, não o imolar da efeméride que a presença de Zelensky fardado enalteceu. A Rússia é o maior país do mundo e o mais dotado de recursos energéticos, facto que permitiu ao consumidor europeu, até há pouco, ter a energia mais barata. Não foi a democracia, mas a geopolítica estratégia estadunidense a manobrar tacitamente e a usar a expansão da NATO para a fronteira russa. A coligação de países que formam NATO, que segundo os ditames da organização, pressupunha proteger a liberdade e a segurança de seus membros, na verdade constitui uma arma apontada a poderes emergentes ou existentes que resistem à hegemonia americana. A mediocridade política dos líderes reunidos no Japão agravou o pessimismo do cidadão europeu, lidando com uma inflação assustadora, subida dos preços dos bens de consumo e dos combustíveis. Nenhum desse líderes é popular nos respectivos países, com a agravante de um quadro de animosidade adverso à guerra estar num movimento contínuo contra o militarismo americano. A UE demonstrou não ter política económica nem política internacional autónoma que lhe permita sair da dominação americana. Os americanos têm a NATO sob controlo, a custo de participação militar e financeira superior, levando os europeus à deriva das suas políticas. Na reunião dos G7, a decisão de intensificar medidas coercivas e sanções à Rússia põe em risco o bem estar dos europeus, colocando-os num beco sem saída ao agravar, para além do limite, a dívida e o défice. A problemática questão ucraniana caracteriza-se num braço de forças entre blocos económicos e militares em disputa e o impacto colateral extravasa fronteiras e vai adensando o cenário nuclear, em que nada será como dantes. Dois estados tão antagonizados, não podem coexistir como vizinhos. Tornou-se óbvio que a NATO, manobrada por americanos e ingleses, tem usado o governo de Zelensky como arma contra a soberania russa dirigida por Vladimir Putin. Neste momento, parece-me evidente que apenas uma mudança de regime num dos países pode fazer com que a paz regresse. Não entendo este alinhamento cego dos europeus que, mesmo lidando com propósitos políticos evidentes dos americanos, debilitam a economia, atentam contra a soberania dos seus estados e continuam a dar o seu apoio incondicional. Joseph Borell responsável da política externa da UE, aquando da reunião dos G7, falou também em reduzir a dependência económica e comercial com a China. Este tipo de políticas obedecem à orientação estadunidense de alianças na luta comercial e tecnológica com a China. Enquanto isso, o gigante oriental assume-se como o principal actor na política da desdolarização. Efectivamente, a participação do dólar nas reservas mantidas pelos bancos centrais caiu para 59% – o nível mais baixo em 25 anos, sinal do declínio da importância da moeda americana na economia mundial diante da concorrência de outras moedas usadas pelos bancos centrais em transacções internacionais. | ||||
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