CANADÁ EM FOCO

A partir do Outono, a farmacêutica Moderna espera começar a fornecer novas doses de reforço da vacina contra a Covid-19 que combinam a sua fórmula original com as novas protecções desenvolvidas contra a variante Ómicron.

Todas as vacinas actuais contra a doença baseiam-se na versão original do coronavírus, mas este continua a sofrer mutações, com a estirpe Ómicron a revelar-se extremamente contagiosa e as suas sub-variantes a representarem a mais recente ameaça.

Antes do aparecimento desta estirpe a empresa estava a estudar uma fórmula da vacina que protegia contra a variante anterior, designada Beta.

A 19 de Abril a empresa anunciou que os indivíduos vacinados com essa fórmula mostraram ter criado mais anticorpos capazes de combater várias variantes – incluindo a Ómicron – do que as actuais doses de reforço.

Embora o aumento no número de anticorpos tenha sido modesto, o objectivo é produzir um imunizante mais eficaz contra a Ómicron e "estes resultados dão-nos esperança de que o próximo passo funcionará ainda melhor", destacou a dra. Jacqueline Miller, vice-presidente da Moderna.

Os resultados, divulgados online, não foram ainda avaliados por especialistas independentes.

A Moderna está agora a testar uma injecção bivalente que visa melhor a Ómicron e que inclui 32 das mutações que já foram detectadas dessa estirpe.

Estão também em curso estudos nos EUA e na Grã-Bretanha sobre a eficácia de duas doses de reforço da vacina, cujos resultados se esperam até ao final de Junho.